Fim de Semana da Integração na "praia" !!!

Esse final de semana aconteceu o Week-end d'Accueil (Fim de Semana da Integração) com o pessoal da universidade. Com certeza nós animamos, além de ir para uma outra cidade, seria uma forma de integrar melhor com o pessoal da escola.

Nós saímos na sexta-feira a tarde, após as aulas de todo mundo terem acabado. Antes de irmos o diretor da escola entrou no ônibus e nos desejou um ótimo passeio, para aproveitarmos a oportunidade de estar (segundo as palavres dele) na família E.S.I.E.E !!! haha. O fim de semana foi em uma cidade aqui perto chamada Boulogne sur Mer,  que por sinal é uma cidade litorânea, mas não tinha expectativas de aproveitar muito do sol na praia.

A viagem foi bem rápida, cerca de uma hora e meia chegamos no destino. Dentro do ônibus o pessoal cantava muitas musiquinhas do curso e ficava fazendo as mesmas gracinhas de sempre com os calouros. De repente eu comecei a achar umas coisas estranhas, eles tinham uma música específica em que a pessoa abaixava as calças e mostrava a bunda para todo mundo, kkkk. Acho que essa era a música favorita deles e eles mostravam a bunda na janela do ônibus toda hora. Até que uma hora um calouro simplesmente ficou pelado no meio de todo mundo, sem problema nenhum, kkk. Eles são bem ESTRANHO!!! hahaha

Chegamos no lugar que íamos ficar uma 7 horas da noite, parecia ser um lugar próprio para esse tipo de encontro, pois tinha dormitórios (não dormi sentado só com a minha coberta como tinha gente achando que seria, kkk), um espaço enorme ao ar livre, um lugar para fazer uma festinhas e refeitório. Logo fomos para o refeitório para jantar, a comida foi batata-frita (aqui sempre tem batata de algum jeito) e um bife de carne mal passado. O jantar foi uma bagunça, teve competição de quem bebia mais rápido, vi gente pegando a carne com a mão e jogando no prato de outro, virando meia garrafa de vinho no bico sem parar e é claro mais a musiquinha que eles adoram, kkk.

Depois de colocarmos nossas coisas no quarto tive a brilhante ideia de ligar meu somzinho e começar a fazer um entretenimento com as músicas brasileiras, kkk. Algumas músicas o pessoal curtia outras não, alguns caras estavam tentando dançar igual eu estava mostrando, mas eles não tinham a malevolência brasileira. Mas o que mais impressionou mesmo foi o somzinho, o pessoal ficou impressionado com a potência dele e como o som era tão alto e ele era tão pequeno. Um cara até me perguntou de que marca que era e eu falei que era Oiapoque's Technology (e eu comprei no Oiapoque mesmo, kkk).

A noite teve a primeira festa, pessoal colocava as músicas e a cerveja era infinita (como eu não bebo, o refrigerante era infinito no meu caso). O que mais me chamou a atenção, e não sei porque não falei disso até agora, é o quanto que os franceses fumam. É uma coisa impressionante, eles só saiam da festa para fumar, e não é uma ou duas pessoas não, todo mundo fuma, os jovens então fumam quantidades fora do normal (eu odeio ter que respirar a fumaça do cigarro).

Quando fomos dormir tudo parecia estar bem, mas de repente uns caras entraram no quarto e levantaram dois pés da cama deixando ela na vertical, kkk. Como eu ainda não estava dormindo consegui evitar cair, mas meu colega Wendell ficou deitado no chão sem saber o que tinha acontecido até eu ir ajudar ele, kkkk.

No sábado acordamos e fomos tomar o café da manhã (que só depois eu fiquei sabendo que seria o café da manhã e o almoço, mas pelo menos eu comi bem e não senti fome). Já estavam montados vários brinquedos infláveis e a gente pôde aproveitar bastante. Tinha umas roupas de lutadores de sumô para colocar, uma parede de velcro e uns outros brinquedos que eu não sei explicar. A tarde foi super divertida, joguei um esporte deles aqui chamado petanque (tipo você joga uma bolas metálicas e quem chegar mais perto da bola menor vence) e brinquei um pouco com a bola de rúgbi.

Depois fomos na praia, que ficava bem perto desse lugar onde ficamos. A areia até que era fina, mas tinha muitas pedras e conchinhas. É claro que eu tinha que entrar no mar para ver como que era. Imagina a água de Cabo Frio dez vezes mais fria, era mais ou menos isso. Fiquei com a água só até no joelho, não criei coragem para mergulhar, kkk. Depois ainda joguei um futebolzinho com o pessoal na areia.

A noite teve mais uma festinha igual a da noite anterior, escutei mais uma música que está fazendo muito sucesso aqui. Talvez ela também esteja fazendo sucesso no Brasil, mas como eu não sei coloquei ela aqui (até porque minha consultora musical de músicas brasileiras me passou "Ui Cachorro Manda Pras Cadela", me poupe né Nathália, até meu gosto musical tem limite, kkkkk).

No domingo acordamos, tomamos um bom café da manhã e voltamos pra Amiens era mais ou menos meio dia. O fim de semana foi bem legal, deu para aproveitar bastante e conhecer melhor o pessoal da escola. 

Alguém deve estar se perguntando e teve sim franceses que ficaram os três dias com a mesma roupa e é claro não tomaram nenhum banho, kkkk.

José Lucas

Visita a Catedral, Jornada Internacional e outras coisas !!!

No final de semana fomos novamente a catedral aqui de Amiens. A igreja é enorme e muito bem detalhada, esculturas fenomenais. Nesse sábado a entrada para subir na torre era de graça, assim como uma série de visitas a museus e demais igrejas aqui na França nesse dia.

Estávamos junto com o pessoal aqui da residência, tem gente de vários lugares do mundo e a diversidade cultural em um só lugar é algo interessante de se ver. Além de mim e o Marcelo, estavam mais três brasileiros (isso mesmo, brasileiro tem em todo lugar, kkk), Henrique e Beatriz que estudam na UFRJ e Priscila que também é de Belo Horizonte (e ainda por cima torce para o Cruzeiro, a maior torcida para um time brasileiro em Amiens). Além deles estavam também uma americana Kaitlyn McNabney, ou Kátia McDonald's (nome brasileiro que demos para ela, kkk) e mais três tunisianos, Marouen, Hedi e Mohamed (se não forem tunisianos são turcos ou marroquinos, é difícil de distinguir, mas é impressionante o quanto que eles conhecem de futebol europeu).

Decidimos subir as escadas da torre, a princípio eu pensava que ia ser bem fácil, mas chegou uma hora que eu já estava achando que o arquiteto tava me zuando, são degraus que não acabam mais. Além disso a escadaria é bem estreita, se alguém cair leva todo mundo embora, kkk. Primeiro chegamos em um nível mais embaixo, no qual já era possível ter uma bela vista da cidade como um todo. As casas quase que todas possuem o mesmo estilo arquitetônico o que proporciona uma visão bem bonita da redondeza. Depois subimos mais um estágio e finalmente alcançamos o ponto mais alto, onde infelizmente venta bastante. O esforço que tivemos para subir com certeza foi recompensado pela bela vista da cidade que tivemos.

 

Na segunda-feira fui jogar futebol novamente com o pessoal da faculdade. Provavelmente eles andaram lendo o blog e treinaram um pouco, porque eles melhoraram muito de uma semana para outra, kkk. Na verdade foi porque apareceram alguns caras que não tinham ido no outro dia e fizeram o futebolzinho melhorar o nível. Mesmo assim deu para mostrar a genialidade brasileira com os pés e fazer uns golzinhos de leve. O mais difícil está sendo o preparo físico, a quadra é bem grande e o pessoal corre muito o tempo todo, aí eu adoto a tática do Romário, eles correm para mim, roubam a bola e me entregam que eu decido para o time, kkk. Na verdade eu marco de vez em quando (pessoal do basquete que conhece bem minha táticas de marcação revolucionárias), mas vou começar a correr um pouquinho mais para aguentar  o rítimo.

Outro dia fui no supermercado e decidi experimentar algum dos diferentes queijos deles. A variedade de queijos é uma coisa impressionante, quase que uma fileira inteira com um milhão de diferentes tipos. A princípio não sabia qual escolher no meio de tantos qual seria bom, então adotei uma tática interessante. Fiquei parado em um canto do supermercado só observando qual dos queijos a maioria dos franceses estavam escolhendo, fiz uma estatística rápida e escolhi o menor (se não fosse bom o prejuízo não ia ser grande, kkk). O queijo era um tipo chamado Camembert, como eu suspeitava era péssimo (acho que a vaca estava passando muito mal quando pegaram o leite, kkk), o gosto é muito forte (depois disso até Polenguinho que eu não comia no Brasil já estou achando ótimo, kkk). É claro que quando eu comprei ele estava em uma embalagem e eu não vi como era a aparência, senão com certeza não teria nem comprado.

Na quarta-feira foi o dia da Jornada Internacional da escola, um dia em que são apresentados aos alunos daqui as oportunidades para estudarem e fazerem estágio em outros países ao final desse ano letivo. Um dos estandes era sobre o Brasil, o pessoal da escola pediu para a gente ficar junto com um aluno daqui que foi para o Brasil no início do ano e ajudar ele a responder algumas dúvidas dos demais. Os alunos estavam mais interessados nos países europeus, mas para nosso estande não ficar vazio de vez em quando cada um de nós dava uma volta e parava de frente do nosso estande como se quisesse uma informação, até que alguns alunos depois se interessaram pelo nosso país sim, kkk. O melhor de tudo foi que o almoço do dia também foi estilo internacional e finalmente desde que eu cheguei aqui comi algo parecido com um feijão.

José Lucas

Churrasco e trote à lá francesa !!!

Essa semana iniciei o projeto France Fitness, que dá sequência ao projeto Arnold Brasileiro que eu desenvolvia no Brasil, ou seja, fomos atrás de uma academia aqui em Amiens. Primeiro descobrimos uma academia até perto de casa, chegando lá ficamos sabendo que era uma academia pública, então não teríamos que pagar nada (milagre aqui alguma coisa que não tínhamos que pagar). Precisávamos apenas ir em algum médico e pegar um atestado liberando a prática de atividades físicas.

Na terça-feira fomos atrás desse atestado em um lugar onde o pessoal da escola tinha sugerido, chegando lá vimos na placa que era um médico ginecologista (acho que esse povo tava zuando com a nossa cara, kkk). Por sorte tinha um outro médico clínico geral perto. O médico foi bem tranquilo, só aferiu a pressão e o certificado já estava na mão, depois de pagar 23 euros na consulta, mas pelo menos o serviço social de saúde reembolsa uma parte.

Partimos para academia logo em seguida. Quando chegamos lá vimos o que realmente significava uma academia pública, o local até que é arrumado, mas o povo que frequenta esse sim era bem estranho. Mas o que era o pior de tudo era o "cheirinho francês" ( que todo mundo já ouviu falar um dia, kkk) que era super forte, era quase que um aroma impregnado no lugar. Enquanto não achamos nada melhor e com um um custo-benefício mais barato (essa parte vai ser difícil) vou continuar nessa batalha para o meu olfato.

Na quarta-feira tirei a tarde para dar uma limpeza geral no quarto, não ficou impecável estilo a da Cida não, mas até que melhorou bastante. Quando estava lavando o banheiro pensei como ia puxar a água no chão sem ter um rôdo, aí tive a brilhante ideia de fazer isso com meu chinelo (que não é nada pequeno, kkk). Pensando bem devia ter trazido o chinelo da Nathália, com o pé daquele tamanho ia dar para puxar a água do corredor inteiro.

A noite teve um barbecue promovido pelo grêmio na escola, era para ser um churrasco mas estava bem longe disso. Para eles o churrasco era alguns pedaços de linguiça dentro de um pão (se bem que qualquer comida para eles tem pão para acompanhar, kk). Qualquer pão com linguiça agora pra mim é churrasco francês.

 

A galera tava colocando umas músicas que todo mundo estava curtindo, fui descobrir depois que era o Stromae, para quem não conhece é o cara da música Alors on Dance (ou Afoga o Ganso, como ela ficou conhecida, kkk). Segue a música dele que está bombando aqui agora, pena que não é Vai no Cavalinho (conheço gente que manja muito dos paranauê de dançar essa música, kkk).

Hoje tirei a manhã para enfrentar a missão de lavar as roupas sujas. Tínhamos que ir em uma lavanderia aqui perto, chegando lá até que foi tranquilo. Escolhi uma máquina de 7 kg e custou 3,50 euros, foi só colocar a roupa lá dentro, selecionar algumas coisinhas, e voilá a roupa tava limpa, muito simples. Depois coloquei em uma máquina de secar e a missão foi cumprida. O melhor de tudo é que na lavanderia tinha wi-fi de graça e era internet de 15 megas, aí sim achei coisa de primeiro mundo (já sei onde vou baixar os torrents dos seriados, kkk).

A tarde seria o dia do trote dos alunos que entraram para o primeiro ano da faculdade, aqui eles chamam trote de bizutage. Nós fomos ver como que seria esse trote e se era parecido com o do Brasil. Os calouros, ou bizus, eram separados em grupos e tinham que fazer algumas tarefas, tipo cantar na praça, andar em fila ajoelhado segurando o calcanhar da pessoa da frente e outras bobagens.

Mas aí começou a ficar mais legal, eles tinham que nadar em alguns canais aqui da cidade e por fim pular no rio e colocar camisas da faculdade em um boneco (estilo um espantalho) que fica no meio do rio (parece ser meio que tradição entre os estudantes). Até que foi divertido ver o pessoal cumprindo as provas, o estranho é que enquanto no Brasil os calouros ficam sujos e fedendo, aqui eles entram na água e se limpam (deve ser para compensar o cheiro natural dos franceses mesmo, esse é o trote, kkkk).

José Lucas

Game of Thrones na vida real !!!

Na quinta-feira não teríamos nenhum aula (vida difícil essa hein?), então eu e o Marcelo só fomos na escola para almoçar no restaurante universitário (me senti aqueles alunos que só vão na escola para comer, kkk).

Entrada da E.S.I.E.E.

A tarde fomos no correio para enviar uns documentos para que nosso visto de longa estadia pudesse ser validado pelo governo francês. O envio até que foi bem tranquilo, só que na hora de colocar um selo no papel que foi o problema. A gente tá que procura de um lado, procura de outro, alguma coisa pra colar o bendito selo no papel e não encontra nada que se parecesse com uma cola. Depois de uns 10 minutos com aquela cara de não saber o que fazer (e com o correio já bem cheio nessa hora) perguntamos para a mulher como que colaríamos o selo. Aí a mulher sem nenhuma discrição indica com o dedo na boca que deveríamos colar com saliva, kkk. Todo mundo do correio riu da nossa cara (e eu esperando que em um país de primeiro mundo tivesse uma ultra mega cola 3D que faria tudo sozinha, kkk).

Maquete da faculdade

Na sexta-feira fomos para nossa maravilhosa aula de estatística que os alunos não respeitam mesmo a professora, dá para ficar até com dó. A tarde tínhamos combinado com a Maria, brasileira que estuda na mesma escola e está aqui a 3 anos, que iríamos no banco abrir uma conta. O banco fica bem perto de casa e foi muito tranquilo fazer tudo, com a ajuda dela é claro, kkk. Para abrir a conta temos que pagar 1 euro por ano e no momento em  que abrimos ganhamos 50 euros (muito sem noção neh??), depois a Europa está em crise econômica e eles não sabem por que?

A noite fizemos uma jantinha com os outros meninos brasileiros, o engraçado foi que enquanto estávamos comendo o vigia da residência passou lá na cozinha (ele já sabia que éramos brasileiros) e perguntou zuando se nós todos éramos da favela, kkk. Igual um outro dia que estávamos conversando com um chinês, ele conhecia o filme Tropa de Elite, e perguntou se tudo aquilo era verdade no Brasil, se a gente podia andar armado mesmo (ótima imagem eles tem do nosso país).

Já no sábado fomos novamente no supermercado e eu pude comprar minha cafeteira, minha vida agora melhorou consideravelmente (estou até com o coração dividido agora, kkk). A tarde ficamos sabendo que ia ter alguma festa no parque, mas não sabíamos direito o que seria. Saímos de casa e quando nos aproximávamos do parque começamos a reparar que as pessoas estavam vestindo roupas bem diferentes.

Quando pensa que não estava tendo uma enorme feira estilo medieval com o pessoal todo vestindo roupas típicas da época, foi a coisa mais inesperada de todas. Tinha de tudo na feira, desde comidas e doces típicos, demonstrações de armaduras, tendas estilizadas, a cidade tava muito mudada.

O mais legal é que a galera incorpora mesmo os personagens, leva a coisa bem a sério. O mais animado era um menininho que ficava em um guilhotina e ficava chamando as pessoas para irem lá. Esse aí mereceu até um vídeo (chato que ele me fez ficar ajoelhado maior tempão mofando com as gracinhas dele, kkk) .

A gente viu muitas coisas interessantes e mais coisas ainda que não fazíamos ideia do que era e para que serviria. O espírito medieval fez lembrar a série Game of Thrones, ainda mais com os cachorros gigantes que as pessoas passeavam no parque (esses cachorros fazem quaisquer cachorrinhos boxer, que eu já conheci em Betim e achava que eram grandes, parecerem poodles perto deles, kkkkk).

Mais fotos da feira medieval:

José Lucas

O início das aulas !!!

Segunda-feira pela manhã foi o primeiro dia de aula. Eu e os outros brasileiros resolvemos ir para a escola mais cedo, porque a representante da faculdade que cuida das relações internacionais disse que tínhamos muita coisas para preencher. Saímos da moradia e em quinze minutos já estávamos na porta da E.S.I.E.E.

Tivemos que preencher um monte de documentos (eles conseguem superar a burocracia no Brasil) e depois fomos guiados pela escola, mostrando onde (tá correto agora corretora ortográfica ???) eram as salas e apresentando os professores.

OBS: Depois coloco mais fotos da parte de fora da escola.

O ensino superior aqui é diferente do Brasil, nos três primeiros anos o aluno estuda os assuntos básicos e gerais de engenharia e só se especializa em uma área para o quarto e quinto ano, essa especialização é como se fosse um mestrado. Até que é mais ou menos o mesmo esquema da federal, mas lá a gente já tem que escolher o curso que vai fazer no vestibular. Entramos no quarto ano, eu e o Marcelo que fazemos Engenharia de Controle e Automação somos aqui do GSP (Génie des Systèmes de Production) e os outros que fazem Engenharia Elétrica são do GEDD (Génie Électrique et Développement Durable).

No período da tarde tivemos um encontro no anfiteatro da escola com os demais alunos que estão no quarto ano. O diretor da escola e os coordenadores falaram, fomos apresentados junto com os outros dois chineses e recebemos o horário da semana. Uma coisa bem diferente aqui é que os horários das matérias mudam toda semana, e elas não tem um horário fixo por dia. Depois disso tivemos nossa primeira aula, que foi de resistência dos materias, não estávamos matriculados nessa matéria mas fomos ver para no caso de querermos fazer. Essa vai para os meus amigos da automação, a aula do Max conseguiu ser pior do que a daqui, e olha que eu não entendi muita coisa, pelo menos serviu pra ver que não íamos fazer essa matéria mesmo, kkk.

Quando voltamos da escola fomos num supermercado maior (Carrefour pra variar) para comprar comida pra semana toda. Ficamos sabendo que ia ter uma confraternização com o pessoal da escola em um pub irlandês aqui da cidade. Obviamente nós fomos (apesar de ser numa segunda e no primeiro dia de aula, kkk) , foi bem legal o pessoal teve boa vontade para interagir com a gente, tentava nos entender e pareceu ser bastante receptivo.

Na terça também fomos ver como seria uma outra matéria, mas essa era mais para a área de engenharia de produção (Pera aí: Engenharia de produção é Engenharia?? kkk), ainda bem que também não vamos fazer essa matéria. No almoço finalmente conseguimos comer no restaurante universitário e não tava dos melhores não.

A tarde tínhamos que fazer um teste de nivelamento para saber em que nível estamos no inglês para fazer o curso de inglês da faculdade. A prova era para os alunos dos três primeiros anos e para os estrangeiros em salas diferentes. Como não sabíamos, entramos no anfiteatro e só depois de uma hora de prova descobrimos estar na sala errada. Tivemos que sair com a maior vergonha de todo mundo estar olhando para gente (demos uma de calouros, kkk)  e fazer uma outra prova que estava bem mais difícil.

Aqui na residência já está dando para interagir com o pessoal, conheci um cara de Martinica que a primeira coisa que me perguntou quando disse que era brasileiro foi se eu conhecia a Mulher Melancia (acho que ela tá mais famosa aqui do que no Brasil, kkk) e um outro de Togo que estava na cozinha e disse que o Neymar jogava bem.

Hoje finalmente fomos em uma aula que estávamos matriculados, era de estatística. Não sei se foi porque já fizemos uma matéria meio que parecida no Brasil ou se foi a que teve mais números no quadro, mas foi a que a gente entendeu mais, haha. O que mais me surpreendeu foi a falta de respeito na sala. A professora quase que implorava para o pessoal ficar calado, ao ponto que uma hora ela tava dando um exemplo e falou de um pato, aí um cara fez um quack!! no meio da sala (bobo tem em qualquer lugar, kkk).

Quando acabou a aula um francês veio nos procurar e perguntar se a gente queria jogar futsal com eles. Somente eu dos brasileiros animou e é claro tinha que representar meu país neh!! kkk. O ginásio era perto da escola, voltei pra casa e troquei de roupa (coloquei minha camisa do Brasil que já era pra botar moral, kkk). Cheguei lá e já era conhecido como o brésilienne, brasileiro em francês. Fiz gol de tanto quanto é tipo, dei debaixo das pernas, chapéu, pedalada, tudo. Até um gol a lá Feijão eu fiz (pegar a bola enquanto estiver jogando de goleiro, atravessar a quadra toda, driblar todo mundo e marcar o gol, kkk). Eles ficaram impressionados, mas eu era o brasileiro né! Até que eu jogo futebol bem, mas aqui eu já estava achando que tinha super-poderes, kkk. Os descendentes árabes até que sabem jogar, mas já os franceses.... No final já tava achando que era era o Ronaldinho Gaúcho, só que falando estilo Joel Santana, kkkk.

Até mais.

José Lucas

Primeiros dias em Amiens !!!

Na sexta-feira saí de Paris cedo, tomei café no albergue e comecei de novo a missão de levar malas no metro. O destino era a estação Gare du Nord, ela interliga o metro com vários trens e ônibus. Não sabia aonde ir, depois de ir pedindo informações chegamos eu e meu amigo no guichê para comprar a passagem as 9 horas e o trem saía as 9:10, logo que compramos fomos correndo para o trem (graças a Deus conseguimos entrar).

A viagem de trem foi bem tranquila (tirando que uma senhora ficou presa no banheiro e ficou gritando para tirarem ela de lá, kkk), a vista é bem bucólica e durou umas uma hora e meia o trajeto. Quando chegamos em Amiens pegamos um táxi e em cinco minutos já estávamos na residência do Castillon (aonde será nossa moradia).

Ao chegarmos entregamos alguns documentos e fomos encaminhados aos nossos quartos. O quarto é bem arrumado, mas bem pequeno também. O banheiro então eu não gosto nem de comentar de tão minúsculo que é ( pra começar não têm nem chuveiro, é tipo uma ducha que posiciona na parede, ridículo).

A primeira impressão ao conversarmos com as pessoas foi bem diferente da que tivemos em Paris, porque em Paris quando você vai conversar com alguém ela já entende que você não manja dos paranauê no francês e já começa a conversar em inglês e tenta te entender bem. Aqui é realmente a França de verdade.

Depois de deixar as malas no quarto, fomos sair para comprar algumas coisas. Como não sabia nem aonde estávamos direito, adaptei a tática do Bear Grylls (cara do A Prova de Tudo). Segundo ele se você estiver perdido na floresta siga o rio que vai se salvar, então seguimos a rua que achávamos ser a principal e chegamos no centro, kkk.

A cidade é muito bonita, já ganhou vários prêmios como a cidade mais florida da França, tem bastante árvores e o ar é um pouco mais frio. No centro tem a Catedral de Nossa Senhora de Amiens, é a mais célebre das seis catedrais góticas da região, construída no século XIII. As esculturas por fora são muito bem trabalhados e no seu interior o teto é muito alto (pessoas que são beatas provavelmente morariam nessa igreja, kkk).

Enfim conseguimos achar um supermercado, Carrefour é claro. Compramos algumas coisas para comer, mas o mais difícil foi comprar produto de limpeza, porque não tinha ideia do que comprar e mesmo o que comprei não sabia como e onde usar, mas deu tudo certo depois, haha.

Depois voltamos para a residência e encontramos os outros dois brasileiros, Wendell e Rafael, que estudam engenharia elétrica também na UFMG e estão no mesmo intercâmbio que a gente. No final do dia de sexta-feira que foi bem longo resolvemos sair no centro junto com uma brasileira que já mora aqui tem três anos e estuda na mesma faculdade que vamos estudar. Ela deu bastantes dicas e vai ajudar bem nesse nosso período de adaptação aqui.

No sábado perdi a hora de acordar (tem gente que não me deixa dormir cedo, kkk), levantei era só 2 horas da tarde. Eu e o Marcelo resolvemos ir no centro pra comprar mais algumas coisas, chegando lá estava lotado, gente passando por tudo quanto é lado, menino correndo, bicicleta, patinete, uma confusão. Compramos coberta e travesseiro, que fizeram bastante falta na primeira noite, haha. Para variar comemos outro Kebab, esse prato vai dominar o mundo, muito melhor que qualquer sanduíche. Estava tendo até um showzinho na praça, está tendo umas atrações musicais aqui na cidade no verão, chama Eté en Musique, bem legal por sinal. A noite desanimamos de sair, estava bem cansado.

Já hoje voltamos no centro para procurar algum supermercado, mas infelizmente estava tudo fechado, não tinha nada na rua. Quando estávamos andando por umas ruas que não tínhamos passado ainda encontramos o Museu de Picardie, ele tem pinturas enormes e até uma exposição arqueológica que tem tumbas.

Amanhã as aulas começam na ESIEE e a vida boa acaba!! kkk.

Au revoir,

José Lucas