A semana que passou foi feriado para os estudantes aqui na
França e é claro não queríamos perder a oportunidade de conhecer a Europa. Eu e
o Marcelo decidimos fazer uma viagem por todo esse período pelo leste europeu
(já sabíamos que coisas diferentes iam acontecer, o leste europeu é perto da
Rússia, terra onde qualquer loucura é possível, kkk).
O nosso trajeto incluia Budapeste (capital da Hungria),
Viena (Capital da Áustria), Praga (Capital da República Tcheca), Aushwitz e
Cracóvia (Polônia) e talvez Bratslava (capital da Eslováquia) se tivéssemos
tempo. Decidi fazer um post para cada um desses países para poder contar melhor
o que aconteceu em cada lugar e o que eu recomendo futuros visitantes fazerem.
A primeira coisa que tivemos que resolver foram as passagens
de ida e volta desses lugares. Como não compramos com tanta antecedência saiu
um pouco mais caro. Então é melhor planejar tudo o quanto antes possível para
que no final a viagem saia mais em conta.
Decidimos chegar primeiro em Budapeste, um dos nossos amigos
da turma da UFMG está morando nessa cidade também pelo programa de intercâmbio
do governo. A única passagem possível pela companhia Rayanair sairia na sexta
feira as 13:20, logo quando vimos compramos, entretanto esquecemos de olhar se
teria ônibus da nossa cidade para a cidade onde fica o aeroporto no horário que
queríamos. Para piorar tínhamos prova na escola na sexta feira de manhã começando
8 horas. A única solução seria ir de trem que partia as 10:14 e a prova
terminava as 10 horas. Então resolvemos acabar a prova 10 minutos mais cedo e
ir correndo para a estação. Graças a Deus tudo deu certo (tirando a parte que
esquecemos de validar o ticket da passagem de trem e tivemos que pagar 10 euros
de novo, kkk).
Chegamos a tempo no aeroporto e logo na fila para entrar no
avião encontramos um grupo de brasileiros que também estavam indo para
Budapeste (vale a pena comentar que brasileiro no leste europeu estava igual
praga, nunca vi tanto brasileiro assim nem no Brasil, kkk). Ao desembarcarmos
na Hungria nosso amigo Rogger já estava nos esperando no aeroporto e nos guiou
até a casa dele (o mais correto não é chamar a casa dele de casa e sim de
mansão, kkk). Ele mora em um aparatamento alugado com mais outros seis
brasileiros enorme, com direito a cama de casal e cadeira de patrão em cada
quarto. Deixamos as nossas coisas na mansão dele e saímos pela cidade para
conhecer a região. Ele nos levou primeiro na Deák, tipo o centro rico da cidade
onde é mais a região turística).
Entramos dentro de uma catedral e tivemos uma
boa vista da cidade toda iluminada. O castelo de Buda foi o mais impressionante
junto com todas as pontes que cortam o Danúbio (o rio separa a cidade, sendo
que um lado é o lado de Buda e o outro lado é o lado de Peste) e o castelo que
é a universidade que o Rogger estuda, haha.
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Interior da Catedral |
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Buda's Castle |
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Universidade (castelo) do Rogger |
Ele nos levou para comer uma comida
típica da Hungria que eles chama de Goulash (pra mim é igualzinho qualquer sopa
que minha mãe faz lá em casa só que um pouco mais apimentada, kkk). Receita do Goulash: Aqui.
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Sopa da minha mãe ou Goulash |
Uma coisa que vale a pena comentar é sobre a moeda da
Hungria chamada florim. Ela é bem desvalorizada sendo que a menor nota tem o
valor de 1000. A conversão que nosso amigo nos ensinou foi dividir por 100 que
fica próximo do Real e em seguida dividir por 3 se quisermos saber o valor em
Euro. Confesso que nas primeiras vezes fiquei meio perdido, sem muita noção do
quanto que alguma coisa realmente valia, mas com o tempo vai ficando fácil ter
essa noção.
Em seguida retornamos para a casa de umas amigas dele (ou
melhor, uma mansão também) que estavam fazendo aniversário e combinamos de sair
para algum barzinho a noite. A cidade de Budapeste é impresionante a noite, a
movimentação é uma coisa de louco, parece que não escureceu, todo mundo na rua
até altas horas. O nosso amigo já manjava dos paranauê tudo dos lugares,
primeiro fomos num barzinho onde a cerveja era barata (não que isso seja uma
vantagem enorme para mim mas vale a pena comentar, kkk) e emseguida fomos em
uma boate chamada Traffic bem animada, nesse dia até o DJ do Black Eye Peas
apareceu para fazer uma graça.
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Brasileiros em Budapeste |
No outro dia fomos almoçar em um restaurante que você pagava
um valor (bem pequeno por sinal) e podia comer o quanto quisesse. Depois fomos
em um museu do terror que mostrava todo o período em que a Hungria foi dominada
pelos nazistas e em seguida pelos comunistas, duas ideologias tão antagônicas
que imperaram tão forte nesse países (segundo o Rogger o país mais looser da
história, kkk). No subsolo do museu era estilo uma prisão utilizada na época do
nazismo, eu não estava querendo acreditar que ela tinha sido realmente
utilizada, mas os meninos afirmaram que tudo aquilo foi utilizado de verdade,
muito tenso o lugar.
Um lugar que eu estava com muita expectativa de conhecer era
a Heroes’ Square, pois tinha visto o programa da Band “O Mundo Segundo os
Brasileiros” da cidade de Budapeste e tinha ficado com muita vontade de
conhecer. Ao chegarmos lá percebi o quanto estava feliz de ter tido essa
oportunidade de conhecer lugares tão espetaculares, só tenho que agradecer.
Esse lugar é tipo uma praça com estátuas de vários homens que fundaram a
Hungria.
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Heroes' Square |
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Eu e o Gigante |
Depois da festinha saímos de novo para um barzinho e
combinamos de encontrar com a mariana, outra colega da nossa sala que também
estava passeando por Budapeste. Depois de muito custo conseguimos encontrá-la e
nesse momento estava formado o Buda_Automação (maior quantidade de alunos de
Controle e Automação reunida, maior até do que os que restaram no Brasil, kkk).
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Buda Automação |
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Eu e o Trilegal |
No grupo em que a Mariana estava viajando também estava um
outro velho amigo do basquete, Marcelo, companheiro de mesmo time durante muito
tempo que eu não via a uns 5 anos. Foi muito bom reencontrá-lo e poder zuar
novamente com o sotaque gaúcho como eu fazia antes, kkk. Reencontrar o Trilegal
na Hungria era uma das coisas que eu menos esperava. (OBS: Nosso time de
basquete dos nascidos em 1992 foi a melhor geração que o Minas já teve, alguém
ainda duvida disso???).
No domingo o Rogger não podia nos acompanhar, ele tinha que
estudar para duas provas que teria na segunda-feira, mas tinha passado todos os
esquemas dos lugares que tínhamos que ir e onde deveríamos pegar o metrô. Primeiro fomos no famoso Buda’s Castle, um
dos mais sensacionais castelos que eu já vi. Lá era enorme, com diversas
exposições no seu interior e com um espaço no entorno maior ainda. Andamos por
ele o máximo que podíamos e mesmo assim conseguimos ver apenas uma pequena
região do mesmo. A vista lá de cima também é maravilhosa, no início da tarde
deu pra ver os edifícios começarem a ser iluminados e valeu muito a pena.
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Vidinha mais ou menos |
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Parlamento Húngaro |
Para finalizar fomos a noite em um pub chamado Szimpla, ele
já foi considerado um dos melhores pubs do mundo (praticamente todas as pessoas
que a gente encontrava diziam que a gente não podia sair de Budapeste sem ir
nesse pub). O lugar é bem alternativo, estilo um casarão com coisas que eles
pegam do lixo e fazem alguma arte maluca para decorar o ambiente, mas é bem
maneiro.
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Szimpla |
Na segunda pela manhã deixamos Budapeste e embarcamos em um
trem em direção a Bratslava, capital da Eslováquia, cena dos próximos
capítulos.
Agradecimentos:
A República dos Bochaneiros que nos hospedou durante esses
três dias e nos proporcionou a festinha mais brasileira que tivemos desde então
e ao Rogger e seus amigos que nos mostraram o que existe de bom nessa cidade
fantática do leste Europeu.
José Lucas
Hahahahaha! Teve a manha, Zé! Vcs sempre serão bem vindos à nossa mansão kkk
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